terça-feira, julho 31, 2007

Ingmar Bergman
1918-2007


"A morte veio-lhe calma e docemente"
ao
"Homem do cinema e do teatro"
...

quinta-feira, julho 26, 2007

Observo-me no cimo dos meus pensares
e encontro uma encruzilhada,
onde todos se magoam,
onde todos procuram um caminho,
o caminho certo.
Onde está o caminho certo?
Não dou a devida atenção a quem espera algo de mim...
talvez, mas também eu preciso da devida atenção,
não sou mais que um sere,
que alimenta as velas da sua nau,
com paixão,
sem a qual seria uma sombra eterna à procura da raíz.
Eu já escolhi um caminho,
há muito que o escolhi,
apesar de me quererem por vezes desviar dele,
mas conto com a minha fortaleza
de guardas felizes e realmente realizados
que se tornaram em maravilhosos sentinelas,
na defesa contra as tenebrosas vagas de obscurantismo.
E sei que o mundo não está contra mim,
eu rio-me para a vida
num desafio que sei perigoso,
mas é a forma de lhe responder,
responder à sua ironia
e mordacidade.
E assim farei
ao deparar-me com encruzilhadas
que teimam
em nos dar
valor
e
brilho.

sábado, julho 07, 2007

Um cego,
na sua infelicidade invisual,
deve ser bem mais feliz,
nos dias de hoje,
sabendo-se liberto das amarras
em que actualmente prendem o modo de vida da maioria das pessoas,
que lutam por modificar a sua couraça,
buscando um ideal pérfido e vazio.
Um cego,
procura um conhecimento sensitivo e mais puro,
pois para tudo tem que tocar e cheirar...
o que dizer de quem tem visão e não vê nada,
a não ser um espelho diario que o leva a um mundo imaginario de ilusões fantasmagóricas...

Acho muito triste, mas é a realidade e tenho que viver com ela, dentro de uma cegueira geral, e fazendo-me de cego sem o ser...

R.