sábado, março 25, 2006

O Sr. Minervino.
Deliciosamente tinha devorado o seu esparguete com carapauzinhos fritos, acompanhados de um filet mignon cheio de óleo, dirigia-se para o seu 3º café desse dia. Café, que era antecedido de uma valente função obrativa junto a um pequeno ervado meio abandonado, mas... e já desapertando o cinto e os respectivos botões das suas ceroulas esverdeadas que a sua vizinha da verruga asquerosa mesmo a roçar a cavidade nasal, lhe tinha oferecido numa altura em que tencionavam casar, esbarra com um enorme catrapázio, que o deixou manientado das suas tremendas faculdades motoras. E o que fez? Correu à esquina mais proxima e comprou uma máquina digital topo de gama e desatou a tirar fotos desse apuntador cartaz. Então passou um eslavo de bicicleta e gritou: "não cagues aí!". Então já em desespero de causa, foi ao café e pediu para ir ao W.C. Durante o seu acto relaxante, o café ruiu, ficando a sua linda sanita intacta. Teria sofrido um atentado dos guerrilheiros Bolsheviques?

sexta-feira, março 17, 2006

Sr.Abrosio:Sempre lhe disse que deixasse isso de lado...
Sr.Pirolito:Ah, mas se não fossem assim... ficaria tudo na mesma.
Sr.Abrosio: Ah. Diz você. Ah.
Sr.Pirolito:Ah, Não... diz você.
Sr.Abrosio:Ah, diz você.
Sr.Pirolito:Ah, ah. Diz você.
Sr.Abrosio:Digo o quê?
Sr.Pirolito:Diz o quê?!
Sr.Abrosio:Digo o quê?
Sr.Pirolito:Diz ô cê!
Sr.Abrosio:Ah, mania a sua de me desdizer, de me amassar a prolética, de esbofetear o meu languajar, entupir a laringe. Você...
Sr.Pirolito:Se você andasse de lado...
(os dois despem as calças e perseguem os pombos que abundam pelas ruas)

quarta-feira, março 15, 2006

O Sr. Minervino.
Hoje teve uma noite de insónias, daquelas em que se transpira e se embrulha o lençol ao corpo. O resultado foi que o Sr. Minervino ao levantar-se, caiu e partiu um braço, neste caso o esquerdo a contar da direita. Sem conseguir pedir auxilio, começou a bater com os pés descalços contra o chão, o que o deixou com uma luxação no tornozelo e o dedo mindinho partido. Então decidiu gritar e reparou que estava sozinho no predio, coisa que o deixou receoso e com medo da sombra. Poderia alguém aparecer e ele sem poder defender-se. Ouviu uns ruídos estranhos e começou a sentir um aquecimento no chão. Urinava-se. Sr. Minervino? E agora?

segunda-feira, março 13, 2006

O Sr. Minervino.
Tão babadinho ía ele naquele dia de chuva. Um dia tipicamente igual a outro qualquer, mas este com o Sr. Minervino babadinho. Agora sem o seu dentinho que se perdeu pela valeta. A mesma que engolia sofrega muitos metros cúbicos de água. O Sr. Minervino começou repentinamente a largar cuspo borbulhante, ao avistar um volkswagen com farois amarelos que rapidamente se dirigia à sua pessoa. Assustado manteve-se erecto e o volkswagen disse: Heill!!


No tempo em que se respirava!
Ainda ontem era assim...

sexta-feira, março 10, 2006


O Sr. Abastissímo Minervino.
Esta historia transporta-nos para a aureola das chamadas: "Ai, ai, se fossem assim!". A rua tinha um pequeno declive, ornamentado em 45% de uns paralelipípedos azuis. O Sr. Minervino, vinha distraídamente cumprimentando os traseuntes com uns famigerados "bons dias!", quando para evitar um escremento de cão, que vagueva na sua imobilidade mal cheirosa, dá-se a queda e o Sr. Minervino, partiu o dentinho 4º a contar da esquerda. Ai, ai, Sr. Minervino, se não fossem assim as coisas...

Houvesse um dia sonhos,
quisessem os desígnios fomentar o tempo
Repusessem as peças no tabuleiro,
simplesmente o tempo recuasse
Houvesse quem o substituísse.

Não quero perder a memória.
Perdi o cheiro e o tacto inigualável,
Farei tudo para a proteger.

Arrancou-se uma parte do futuro,
ideais que jamais realizarei,
Promessas horrorosamente cheias de amor,
vontade de morrer para não olhar

Quisesse a vela chegar ao fim,
o preenchimento do meu espírito
foi interrompido por um sopro.

Houvesse quem não acordasse.
Houvesse quem me amou tanto.
Reconheço eternamente a vida
Daria a flor da luz por aquele sorriso
Houvesse um tempo que dir-se-ia,
carregado de objectivos comuns,
quiseram os desígnios barrar o rio.

quinta-feira, março 09, 2006


Umanus?
Que falta faz o H?
Nenhuma, deixou-se cair...


A encenação da"Valsa das papoilas", foi algo de muito interessante e contagiante... um trabalho com pessoas que não se indentificavam com este processo de comédia e que de repente, passámos todos a partilhar uma saudade que se acentua com a demorada ausência do palco.
Todos deram o melhor e merecem-no.

TALVEZ

Talvez um dia talvez
Talvez consiga talvez
Façamos alguma coisa talvez
Cumpriremos a nossa missão talvez

As conquistas serão sempre complicadas
Talvez porque talvez
Complicadas porque são solitarias
Algumas vezes talvez

Todo e qualquer querer talvez desvaneça
Talvez não queira ser aquilo que quero
Talvez porque talvez alguma vez
Falamos e não agimos

Pois não agimos porque talvez
Talvez não queiramos agir
Pois agir é complicado talvez
Talvez falar não o seja

Talvez facil é deixarmo-nos estar
Talvez quietos e neutrais
Talvez porque talvez
Assim talvez nada mude