sexta-feira, agosto 21, 2009

Olá Raul!
Nos dias (6 e 9 de Agosto), em que se lembram os lançamentos de bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki no Japão, resultando na morte instantânea de 73mil pessoas, escrevo isto num local inspirador e pacifíco, onde nem sempre temos oportunidade de ver com os nossos olhos e em presença.
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Inspirador para mim, sempre foi Raul Solnado.
Desde pequeno, que oiço os seus discos com a "historia da Guerra" e a "Historia da minha vida", e ria, sem saber que pessoa era aquela que tinha um gaguejar tipíco. Que me foi inspirando a olhar o teatro como um modo de estar, e não inserido nas futilidades cada vez mais presentes.
Ver o Teatro como uma missão, não no sentido "moralista", mas na não estagnação, do não facilitismo, e sim, por uma construção positiva e dar seguimento desta mensagem artística e social.
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Em muitas decisões minhas, tenho-o sempre na lembrança por aquilo que fez, desde a inauguração de um teatro(Villaret), coisa que era de loucos na época em que foi, e feito por um actor. E pela grande obra que ajudou a levantar: A casa do artista.
E assim se foi, quem na nossa pura inocência julgávamos que não desaparecesse.
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R.