segunda-feira, junho 26, 2006

Sou um caminhante errante,
procuro florear o deserto.
Sancho, que vejo eu?
A esperança não está acabada.

Um vodka ilumina-me a mente,
vejo a erva da fortuna.
Estou afastado, a minha lamina abre horizontes.

Um choro distante,
um choro arrojado de um mocho,
as lágrimas resvalam numa auto-estrada de espíritos insatisfeitos.
As sementes da inércia esvoaçam pelas mentes,
um perfeito sinal de desordem,

um casal de pombos degola-se pelo poder.
Sancho pára de me lamber.

Gostaria de ter percorrido cada kilómetro desta terra, para presenciar cada momento puro e de constatação, de que realmente existe vida neste planeta.
Como é extensa a quantidade de não vivos que vejo por estas ruas adiante.
Sei que não terei tempo para realizar tudo aquilo que sonho, mas sei que este tempo não me dará tréguas se hesitar.

Para aqueles que realmente olham e sabem que o que permanecerá para a eternidade, é a nossa capacidade intelectual.

quinta-feira, junho 15, 2006

A Deusa da sabedoria: Minerva, inspirou o aparecimento do Sr. Minervino, sim sim.
E porquê?
Aqui o Pâncreas acha que tal coisa advém do reconhecimento das próprias limitações e quem melhor do que tal Senhor para mostrar a dificuldade em tal labuta.
Minerva observa cautelosamente sem grande interferência, fazendo com que cada subdito siga seu proprio rumo, mesmo que seja curto, longo ou não exista, mas que seja inspirado...
Nunca valorizar os imbecis, que são aqueles que não sabem que não sabem.
Grande Sr. Minervino!

segunda-feira, junho 05, 2006

Sempre questionei aquela forma azarenta de estar na vida do Sr. Minervino.
Será mesmo azar?
Ou será sorte?
Será talvez a melhor forma de ele olhar a vida de frente?
Sendo que alguns sortudos, ditos tais, afinal autodestroem-se num percurso assinalado pela mesquinhêz de uma patética ignorância, pelo facto de não terem capacidade de distinguir entre um bloco de cimento e um copo de vinho?
Quem quer um osso sem carne?
Pois o Sr. Minervino caminha na ruela da despreocupação consciente. As futilidades que ralam a maioria não lhe fazem cócegas...