quinta-feira, maio 11, 2006

Prosa de um louco

No meu quarto cor de laranja,
vejo os cavalos de prata do mar,
nas janelas em triângulos.
Ao olhar para a cama,
vejo um local de tortura,
não posso depender de ninguém.

Os meus sonhos masturbam-se,
ao longe ouvem-se sinos,
prenuncio da chegada do carrasco,
o meu tormento.

A meia noite aproxima-se,
vão voltar os lamentos dos navegantes,
muitos limões saltam do espelho,
lembram tempestades no oceano.

Tenho uma imagem tua mordendo-me o espírito,
nunca me senti assim, o que se passa contigo?
Chove fora da janela, espicaça-me os olhos.
As mulheres deitam-se de peito aberto.

Toda a poeira assenta,
vou preparar-me para a tortura,
despeço-me dos cavaleiros,
fecho a janela.

5 Comments:

At 11:31 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Andas a ler muito Pessoa... estás a ver a "Chuva Obliqua"? Se não, passa lá pela almofada ao lado da tua que eu explico-te!
Beijinho

 
At 5:38 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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At 5:48 da tarde, Blogger Sebastiana de Lemos said...

Fecha a janela e... acorda...

um beijo da cozinheira

 
At 4:59 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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At 9:56 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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