Prosa de um louco
No meu quarto cor de laranja,
vejo os cavalos de prata do mar,
nas janelas em triângulos.
Ao olhar para a cama,
vejo um local de tortura,
não posso depender de ninguém.
Os meus sonhos masturbam-se,
ao longe ouvem-se sinos,
prenuncio da chegada do carrasco,
o meu tormento.
A meia noite aproxima-se,
vão voltar os lamentos dos navegantes,
muitos limões saltam do espelho,
lembram tempestades no oceano.
Tenho uma imagem tua mordendo-me o espírito,
nunca me senti assim, o que se passa contigo?
Chove fora da janela, espicaça-me os olhos.
As mulheres deitam-se de peito aberto.
Toda a poeira assenta,
vou preparar-me para a tortura,
despeço-me dos cavaleiros,
fecho a janela.
5 Comments:
Andas a ler muito Pessoa... estás a ver a "Chuva Obliqua"? Se não, passa lá pela almofada ao lado da tua que eu explico-te!
Beijinho
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Fecha a janela e... acorda...
um beijo da cozinheira
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