Houvesse um dia sonhos,
quisessem os desígnios provocar o tempo
Repusessem as peças no tabuleiro,
simplesmente o tempo recuasse
Não quero perder a memória,
o cheiro e o tacto inigualável.
Farei tudo para a proteger.
Arrancou-se uma parte do futuro,
ideais que jamais realizarei,
Promessas horrorosamente cheias de amor,
Quisesse a vela chegar ao fim,
o preenchimento do meu espírito
foi interrompido por um sopro.
Houvesse quem não acordasse.
Houvesse quem me amou tanto.
Reconheço eternamente a vida
Daria a flor da luz por aquele sorriso
Houvesse um tempo que dir-se-ia,
carregado de objectivos comuns,
quiseram os desígnios barrar o rio.
posted by Pâncreas @ 7:17 da tarde
4 comments
4 Comments:
Amigo,
Os desígnios que barram, são portas que se fecham, são janelas que se abrem!
Por mais que uma vez verifiquei que com facilidade me esquecia de quem já tinha sido. Nos últimos tempos, recupero esse Eu que já fôra e, portanto, parece-me que, como um urubu, a vida anda em círculos por sobre uma outra vida. (A ave é de rapina e sabe esperar)
Mas depois, corta-se o fio do pensamento e outro bem maior surge: o que fui criando ao longo dos anos existe de per si. Existe, porque rios foram atravessados apesar dos obstáculos e porque , apesar do que se perde, a vida é muito grande e chama incessantemente.
Os teus que te foram queridos são-no de cada vez que na tua memória estão.
(Há um segredo: o amor e o sonho são maiores do que a morte!)
Um abraço do fundo do coração para ti, Ricardo!
Um beijinho orgulhoso para a nossa menina que cita os poetas!!
nimguém vai esquecer o tacto, o cheiro, o sorriso, a voz, e por incrivel que pareça das coisas boas que nos fizeram, das más nunca nimguém se lembra... simplesmente porque há coisas mais fortes e + profundas.
um beijo da cozinheira
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
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