»25 de Abril sempre! (até quando?)
A liberdade que se procurou e se imaginou naquele ano de 74, conclusão de muitos sacrifícios em nome de uma luta, hoje confunde-se com libertinagem, pois em nome dessa liberdade perdida, se presupõe fazer-se tudo o que passe pela gana... essa liberdade que através de umas leis, cheias de armadilhas previlegia os mais fortes, tornando-os intocaveis e fazendo da população que continua esse sacrificio a ver-se reduzida a simples estatística, a um numero para mostrar "lá fora", numa serie de resultados inocuos e macabros...
»Os festejos do 25 de Abril, mais não passam do que uma repetição de lugares comuns e aos mais novos (que nem sabem(alguns,muitos) a data ou o significado de tal festejo) juntam-se unicamente em prol da banda que vai actuar, nunca pelo motivo principal.
»Já ninguem sabe bem o que significa aquela liberdade, será preciso perdê-la outra vez? Para deixarmos de ser burros e estupidos, e não nos deixarmos atrair por ideais vazios de sentido e cheios de ódios ignorantes...
»Por aqui me fico, dizendo que prezo muito esta liberdade, que faz com que eu aqui esteja a escrever isto, mas que me custa vê-la cada vez mais abandonada e lançada num monte de lama.
R.
posted by Pâncreas @ 12:48 da tarde
7 comments
7 Comments:
E não nos caberá a nós explicar, as vezes que foram necessárias, o que foi o 25 de Abril? E porque houve o 25 de Abril?
E não nos cabe a nós repetir, cada vez mais, o que é preciso fazer para continuarmos a poder dizer que temos Liberdade?
Não conhecia este espaço.
Obrigada pela tua visita e por me teres permitido conhecer-te.
A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai
(...)
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.
Z.A.
por isto o 25 de abril, sempre.
Sem dúvida uma data importante para nós e totalmente desrespeitada
"Em teu corpo, amor, eu adormeci. Morri nele e ao morrer renasci."
Ainda não tinha nascido, mas sei bem o significado. E prezo muito as amarras políticas que não me impedem de viver em liberdade.
Beijinho
De tudo o que Abril abriu ainda pouco se disse
um menino que sorriu uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu um pão que se repartisse
um capitão que seguiu o que a história lhe predisse
e entre vinhas sobredos vales socalcos searas
serras atalhos veredas lezírias e praias claras
um povo que levantava sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava a sua própria grandeza!
De tudo o que Abril abriu ainda pouco se disse
e só nos faltava agora que este Abril não se cumprisse.
José Carlos Ary dos Santos
Temos que continuar a lutar...
Beijos da sagitariana ;)
é preciso lembrar
e (re)fazer a revolução
todos os dias
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