sexta-feira, setembro 08, 2006

Não sou nada,
Nunca serei nada,
Não posso querer ser nada.
Aparte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
F.P.

5 Comments:

At 7:15 da tarde, Blogger Sebastiana de Lemos said...

Espectacular realmente.

Um beijo

 
At 9:23 da tarde, Blogger babú said...

Nesta estrofe de apenas 4 versos, por três vezes existe o reforço do "Nada". Sempre a constituir a rima, enquanto o poeta se refere ao mundo concreto ( o que é o poeta? Nada! O que será este homem? Nada!O que poderá querer? Nada"!)
É só depois, a fechar com chave d'ouro, que num verso muito maior confessa ter em si todos os sonhos do mundo! E porquê? Porque é muito maior o mundo interior quando comparado com o outro, palpável e concreto, o de cá de fora, o pequenino.

E porquê ainda esta contradição e paradoxo numa quadra feita de três versos mais um? Porque há um desfasamento enorme entre o que consegue realizar e o que aspira alcançar, fazer e ser. E uma amarga consciência disso.

É, pelo menos,assim que vejo e sinto.

Um bjiño, Babú!

 
At 2:55 da tarde, Blogger Pâncreas said...

Ora pois... a linda amiga babú.
O nosso grande F.P., que "chega a doer", Lu...bjinhos pra Cozinheira pelas suas aparições.
Bjinhos
R.

 
At 7:45 da tarde, Anonymous Anónimo said...

"...Queria ser poeta.
Logo pela manhã
fica a luz vaga
de não ser nada."

BV

 
At 6:46 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Querido, que saudade! Adorei ter vindo aqui, nestas tuas terras. Especialmente lindo porque acabei encontrando o Pessoa. Vamos conversar mais, trocar mais idéias. Como andam as coisas? Feliz? Anda fazendo o que? Grande Abraço...

 

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